O presidente dos EUA, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, ameaçaram sanções adicionais mais duras contra a Rússia, se Moscou não mudar rapidamente o seu comportamento disruptivo na Ucrânia.
“Nós não temos escolha a não ser avançar com sanções adicionais mais severas” se a Rússia interromper uma eleição presidencial na Ucrânia, agendada para 25 de maio, disse Obama em uma coletiva de imprensa com Merkel do lado de fora da Casa Branca.
“Mais sanções serão inevitáveis”, concordou Merkel.
Ambos os líderes deixaram claro que o próximo passo será decretar sanções sobre setores separados da economia russa ou da área militar, como energia ou armas, mas os líderes não especificaram exatamente o que estava sendo considerado.
Merkel afirmou que sanções sobre setores da economia não são sua preferência, mas ela está preparada para implementá-las. A chanceler disse que seu foco inicial será garantir que as eleições na Ucrânia avancem.
“Estamos falando de medidas setoriais”, disse ela. Segundo a chanceler, como parte desse esforço, a Europa deve diversificar a fonte de energia no curto e longo prazo.
“Se a Rússia continuar em seu curso atual, temos uma gama de ferramentas à nossa disposição, inclusive sanções que visam determinados setores da economia”, disse Obama. “E nós temos consultado de maneira próxima nossos parceiros na Europa e do G-7, e estamos intensificando nosso planejamento”.
Contudo, ações punitivas contra setores de petróleo e gás podem ser irrealistas como próximo passo, dada a oposição de dentro da UE, mas há outros setores cruciais que podem ser atingidos. A ideia de se fechar a todas as exportações russas de gás e óleo não é realista, disse Obama. “Estamos confiantes de que teremos um pacote de ações que irá impactar o crescimento e a economia da Rússia”, afirmou. “Nossa esperança é que não teremos de aplicá-lo”.
Até agora, os EUA têm aplicado sanções contra indivíduos, mas não tem visado setores econômicos inteiros, como energia. As medidas punitivas setoriais podem prejudicar os aliados dos EUA na Europa que fazem negócios com a Rússia. Com informações da Dow Jones e da Associated Press