O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a América Latina tem se tornado uma aliada mais forte e que o “envolvimento” de Washington com a região nos últimos anos “é muito mais robusto, muito mais sério”.

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As declarações do mandatário foram dadas durante uma coletiva de imprensa realizada na Casa Branca para um pequeno grupo de veículos de língua espanhola.

Durante o encontro com jornalistas, Obama buscou deixar claro que, do ponto de vista de Washington, a situação no continente é diferente da que se vivia no passado e que a “América Latina é um aliado mais forte do que quando [o presidente John] Kennedy anunciou a ‘Aliança para o Progresso'”, no início da década de 1960.

“Eu acredito que o nosso envolvimento com a América Latina hoje é muito mais robusto, muito mais sério do que foi em muito tempo”, afirmou Obama, acrescentando que “nós temos sido consistentes” nessa relação.

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Ele citou como exemplo ações que têm sido desenvolvidas com países da região. “[Estamos] trabalhando com o Panamá e a Colômbia para concretizar acordos de livre comércio, com o Brasil para formar uma sociedade em assuntos de energia, com a Argentina nos segmentos de ciência e tecnologia”.

Na terça-feira, durante a audiência de confirmação da nova subsecretária de Estado para a América Latina, Roberta Jacobson, no Congresso norte-americano, o senador democrata Bob Menendez, de Nova Jersey, mostrou-se decepcionado com as políticas do governo de Obama em relação à região.

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Menendez destacou a redução de 14% no montante de ajudas externas do país à região, além de cortes nos auxílios de combate ao narcotráfico, algo que foi confirmado por Obama: “Quando se trata de dinheiro, quando se trata de ajuda, é absolutamente certo que, diante da crise financeira e econômica, nós não temos sido capazes de fazer tudo o que queríamos ter feito”.

Apesar disso, ele afirmou que muitos países da América Latina agora são mercados “emergentes” que, em alguns casos, até “poderiam nos ajudar”, e apontou em particular o Brasil.

“O Brasil está crescendo três vezes mais do que o ritmo dos Estados Unidos. Há economias emergentes com muita força, então, naturalmente, haverá uma relação distinta, não haverá sócios sêniores e sócios juniores. Haverá cenários nos quais eles nos ajudarão e outros nos quais nós os ajudaremos”, declarou.