O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciará nesta sexta-feira (27) que a missão de combate do Exército de seu país no Iraque terminará em 31 de agosto de 2010, mas, depois disso, 50 mil soldados americanos permanecerão em solo iraquiano até o fim de 2011 executando missões mais limitadas, revelou uma fonte no alto escalão do governo. Obama, que se opunha à invasão do Iraque, retirará as tropas de combate pouco depois do prazo que havia prometido durante a campanha para a presidência dos Estados Unidos.
Os EUA mantêm atualmente mais de 140 mil soldados envolvidos na guerra. Num discurso a ser pronunciado hoje em Campo Lejeune, uma base da Marinha dos EUA na Carolina do Norte, Obama anunciará que “a missão de combate terminará em 31 de agosto de 2010”, disse, sob a condição de anonimato, um alto funcionário a jornalistas em Washington. “Depois disso, as forças americanas remanescentes no Iraque assumirão uma nova missão, uma missão mais limitada que se concentrará em três pontos específicos”, prosseguiu a fonte.
Essas missões serão: “treinar, equipar e assessorar as forças iraquianas de segurança, proteger os civis americanos presentes no Iraque e conduzir operações específicas de contraterrorismo por conta própria e em coordenação com as forças iraquianas”, segundo o funcionário. A partir de setembro de 2010, o contingente americano no Iraque será “de 35 mil a 50 mil soldados”, disse a fonte. O objetivo é não ter mais nenhum soldado americano no Iraque até 31 de dezembro de 2011, mesmo prazo de um acordo assinado no ano passado entre o então presidente dos EUA, George W. Bush, e o primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki. As informações são da Dow Jones.