O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que a possível iniciativa palestina para o reconhecimento de seu Estado independente na Organização das Nações Unidas (ONU) era “um erro”. “Eu acredito fortemente que os palestinos tomarem o caminho das Nações Unidas, em vez de sentarem e conversarem com os israelenses, é um erro”, disse Obama, durante entrevista a jornalistas ao lado do primeiro-ministro britânico, David Cameron, em Londres.

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“A única maneira de nós vermos um Estado palestino é se os israelenses e os palestinos concordarem com uma paz justa”, acrescentou. A declaração foi feita hoje, horas após o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, criticar um discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e dizer que buscará o reconhecimento do Estado na ONU se o diálogo não avançar.

Em um discurso na semana passada, Obama pediu que as negociações entre as duas partes seja baseada nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967, defendidas pela ONU. Netanyahu rejeitou o pedido. Obama disse estar “confiante” em um acordo de paz, porém notou que isso exigirá um forte compromisso de todos.

Diplomacia

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Em visita à Europa, Obama falou com Cameron sobre os protestos no mundo árabe e também discutiu o esforço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para depor o governante da Líbia, Muamar Kadafi. Mais tarde, Obama discursará às duas Casas do Parlamento, enfocando a Europa.

Obama busca apoio europeu para uma nova iniciativa para fortalecer transições democráticas no Egito e na Tunísia, e também estimular outras nações autocráticas no Oriente Médio a fazer reformas. Os levantes árabes também devem ser tema importante na reunião do G-8 amanhã e na sexta-feira, com a presença de Obama e Cameron, em Deauville, na França. As informações são da Dow Jones.

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