Obama condena assassinato de jornalista

O presidente dos EUA, Barack Obama, lamentou a morte do jornalista norte-americano James Foley, decapitado por militantes do Estado Islâmico, e afirmou que o país vai continuar a enfrentar o grupo terrorista. Obama disse que o mundo inteiro está “estarrecido” com o assassinato brutal de Foley e ofereceu suas condolências à família.

Obama acusou o Estado Islâmico de sequestrar mulheres e crianças, cometer estupros e torturas, e matar pessoas. Ele afirma que os militantes atacam cristãos e outras minorias para promover um genocídio. O presidente falou de sua casa de férias em Martha’s Vineyard, no Massachusetts, para onde viajou com a família.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, também condenou o “assassinato horroroso” do jornalista. O líder das Nações Unidas considerou a morte “um crime horrível que evidencia a campanha de terror do Estado Islâmico que continua a prejudicar o povo do Iraque e da Síria”, disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, nesta quarta-feira.

Ban Ki-moon disse que os “perpetradores deste e de outros crimes horríveis têm que ser trazidos à Justiça”. Ele mandou condolências para a família do jornalista, seus amigos e colegas.

Militantes do grupo extremista Estado Islâmico decapitaram Foley e ameaçam matar um outro refém como represália pelos ataques aéreos comandados pelos EUA no norte do Iraque. Os insurgentes publicaram um vídeo em redes sociais nesta terça-feira em que mostram o assassinato do norte-americano. Agências de Inteligência dos Estados Unidos analisaram a gravação e concluíram que é autêntica, confirmou uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional nesta quarta-feira.

“Você não está enfrentando mais uma insurgência”, diz um militante filmado. “Nós somos um exército islâmico.” O vídeo termina com a imagem do segundo refém, vestido de laranja, que pode ser o jornalista Steven Sotloff. O insurgente ameaça decapitar o homem a depender da “próxima decisão de Obama”.

O sotaque britânico do militante reacendeu o temor com o crescente papel de cidadãos ocidentais no Estado Islâmico. Segundo o secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, o combatente parece ser mesmo britânico. Autoridades de inteligência norte-americanas já alertaram para o risco de ataques potenciais de militantes do grupo extremista com passaportes ocidentais.

Ainda assim, o Exército norte-americano continua avançando em sua operação, que realizou uma dezena de ataques aéreos no Iraque desde a terça-feira. A Casa Branca deve agora ponderar os riscos de adotar uma política mais agressiva para destruir o Estado Islâmico ou resistir a qualquer ação que possa resultar na morte de mais um norte-americano. (com informações da Associated Press e Dow Jones Newswires)

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