O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, concordaram hoje com a necessidade de impedir que o Irã tenha uma bomba atômica.

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Obama falou por telefone com o líder israelense, que usou seu discurso de ontem na ONU (Organização das Nações Unidas) para pressionar que os EUA estabeleçam uma “linha vermelha” para o Irã.

De acordo com comunicado emitido pela Casa Branca, Netanyahu parabenizou o compromisso de Obama de fazer o necessário para impedir a evolução do programa nuclear, feito no discurso de terça-feira na Assembleia-Geral.

O premiê israelense também sinalizou que um ataque às instalações nucleares do Irã não era iminente antes das eleições presidenciais dos EUA, em 6 de novembro, recuando ante a urgência apresentada anteriormente pelo Estado hebraico.

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Os dois ainda conversaram sobre temas de segurança, enquanto o americano reafirmou seu compromisso com a segurança de Israel. Netanyahu também ligará para o candidato republicano Mitt Romney, adversário de Obama na eleição presidencial americana.

Tensão

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O telefonema demonstrou um alívio na disputa de opiniões entre Estados Unidos e Israel sobre como reagir ao avanço nuclear iraniano.

A relação entre Obama e Netanyahu também é difícil, já que o Estado hebraico cobra uma ação mais incisiva dos americanos, enquanto Washington ainda prefere continuar as conversas diplomáticas com Teerã.

A ligação telefônica entre os dois dirigentes, que mantêm uma relação notoriamente difícil, aconteceu um dia depois de um encontro entre Netanyahu e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

Eles mantiveram “uma discussão a fundo sobre o Irã e reafirmaram o mesmo objetivo de impedir o Irã de ter acesso a uma arma nuclear”, declarou o funcionário que não quis ser identificado.

Durante seu discurso na Assembleia-Geral, Netanyahu disse que “está ficando tarde, muito tarde”, acrescentando que o programa nuclear iraniano já avançou 70% no processo de enriquecimento de urânio necessário para obter a bomba atômica.

“Diante de uma linha vermelha clara, o Irã cederá”, afirmou o primeiro-ministro israelense, advertindo que “o futuro do mundo está em jogo”.