O candidato democrata à presidência dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira planos para expansão do programa que destina verba para grupos de caridade religiosos e afirmou que são essas organizações religiosas as mais preparadas para enfrentar os desafios dos EUA, incluindo a salvação do planeta e o combate à pobreza.

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"Não estou dizendo que essas organizações sejam uma alternativa ao Estado, mas que devemos trabalhar juntos – judeus, cristão, muçulmanos, hindus e ateus – para enfrentar os desafios do século 21", disse Obama em discurso realizado no Estado de Ohio.

Durante toda sua campanha, o candidato democrata defendeu que as mudanças deveriam acontecer de baixo para cima, até atingir os políticos de Washington. De acordo com ele, poucos estão tão próximos do povo quanto as igrejas, sinagogas, mesquitas e templos. A idéia, segundo ele, seria aproximar os projetos de grupos de caridades ligados a organizações religiosas dos programas governamentais de combate à pobreza.

A proposta de aumentar o papel de grupos religiosos no auxílio aos necessitados, curiosamente, é defendida pelo presidente dos EUA, George W. Bush, que venceu as últimas eleições com o forte dos evangélicos, eleitores que estão sendo agora cortejados por Obama. "Como eles estão mais próximos das pessoas, são os mais indicados para ajudar", declarou o democrata.

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Os evangélicos correspondem a 25% dos adultos americanos. Embora votem tradicionalmente em candidatos republicanos, que são mais conservadores, John McCain tem tido dificuldades em atrair esse eleitorado por ser considerado muito liberal, abrindo uma brecha para Obama.