O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ontem que Rússia e China – países que junto com o Brasil e a Índia formam o acrônimo BRIC – ajudem a pressionar o Irã sobre seu programa nuclear, mas pouco avanço foi feito apesar de um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) que mostrou evidências de desenvolvimento de armas. Se algum dos dois países está pronto para ajudar Obama a ampliar as sanções, seus líderes não afirmaram isso publicamente.
Em uma reunião com o presidente russo, Dmitry Medvedev, Obama disse que os dois líderes “reafirmaram nossa intenção de trabalhar em busca de uma resposta comum para que possamos fazer com que o Irã siga suas obrigações internacionais quando se trata de programa nuclear.”
E antes de uma reunião com o presidente chinês, Hu Jintao, Obama afirmou planejar discutir “esforços para garantir conjuntamente que países como o Irã ajam de acordo com as regras e normas internacionais.”
Os EUA estão usando a cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico para tentar quebrar a resistência de Rússia e China em adotar novas sanções contra Teerã, depois que a Agência Internacional de Energia Atômica citou evidências “confiáveis” na terça-feira de que o Irã tem adotado medidas para desenvolver uma arma nuclear.
Medvedev apenas admitiu que a questão foi discutida, e Hu não citou o assunto em declarações a repórteres antes de sua reunião com Obama.
Ambos os países são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e detêm poder de veto, o que os permite impedir qualquer esforço para adotar sanções mais duras. As informações são da Dow Jones.