O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já orientou as autoridades de segurança de seu país e de governos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre a sua estratégia para a guerra no Afeganistão, que será tornada pública hoje à noite, em discurso para a população na academia militar de West Point.

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Segundo informações que circulavam ontem, Obama optou por enviar 30 mil soldados adicionais para o Afeganistão, elevando para cerca de 100 mil o total de norte-americanos lutando contra a milícia Taleban e a rede terrorista Al-Qaeda em um conflito que dura mais de oito anos. O presidente deve ainda descrever quais os próximos passos dos EUA. Especula-se que será delineado um processo de retirada, mas sem a definição de um cronograma fixo. Os custos da guerra para os cofres do governo também devem integrar a explicação de Obama.

O anúncio da estratégia encerrará mais de dois meses de análise do presidente sobre qual deve ser o destino do conflito. Desde setembro, o general Stanley McCrystall, comandante das forças norte-americanas no Afeganistão, tem defendido que os EUA precisariam de mais 40 mil soldados para obter sucesso no Afeganistão, em uma estratégia similar à utilizado no Iraque. Políticos democratas, incluindo o vice-presidente Joe Biden, discordam e argumentam que o ideal seria reduzir o número de militares norte-americanos no país e lançar ações cirúrgicas contra a Al-Qaeda.

Com a nova estratégia, Obama opta por uma saída próxima à que pedia o general. Durante a sua campanha, o presidente defendia que os EUA deveriam priorizar o conflito no Afeganistão em detrimento ao do Iraque. O Paquistão também deve ser incluído no discurso de Obama. O governo de Islamabad enfrenta uma grave crise e regiões do país, como o Waziristão do Sul, se transformaram nos novos redutos da Al-Qaeda.

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