OAB defende juiz boliviano que pediu refúgio ao Brasil

As ameaças contra o juiz boliviano Luis Alberto Tapia Pachi, que pediu refúgio ao Brasil, mobilizaram a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A Associação dos Magistrados Brasileiros analisa hoje o ofício da entidade com o pedido de salvaguarda em favor do boliviano. Se aprovada, a medida pode evitar que a Justiça da Bolívia emita uma ordem de captura internacional contra Tapia.

O juiz, de 53 anos, está em Corumbá, Mato Grosso do Sul, e alega sofrer perseguição política por parte do governo de Evo Morales. Tapia tem ordem de prisão decretada a pedido do Ministério Público da Bolívia. Ele investigou um complô para matar Evo no ano passado. O magistrado diz que houve excesso da polícia, que invadiu um quarto de hotel e matou três supostos mercenários estrangeiros. Tapia recusou a transferência do caso para outra jurisdição.

O promotor de Justiça de La Paz e novo responsável pelo caso, Marcelo Soza, ameaça pedir a prisão internacional de Tapia. Segundo Soza, o juiz apareceu nas imagens ao lado do ex-líder da União Juvenil Crucenhista David Sejas, também refugiado no Brasil e acusado de envolvimento no complô contra Evo.

Quando rejeitou a determinação da Suprema Corte boliviana de transferir o caso para La Paz, Tapia foi considerado rebelde. O promotor de La Paz intimou o magistrado de Santa Cruz a dar explicações. “Não fui. É questão de hierarquia. Acabei sendo perseguido e quase preso por ordem do presidente Evo Morales”, disse o juiz.

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