Ética, moral, vivência religiosa e atuação solidária são de suma importância para a formação da cidadania consciente e fraterna. De acordo com Emerli Schlögl, graduada em Educação Artística e Psicologia, coordenadora da disciplina de Ensino Religioso, o sagrado e o profano não estão nas coisas, mas nas pessoas que realizam as coisas. Nas escolas e universidades, não adianta trabalhar apenas conteúdos do fenômeno religioso, mas como as culturas, os rituais, os textos sagrados se formam, trabalhar a dimensão ética e a vida no corpo.
Educação religiosa passa pela instância formativa, que é o fenômeno religioso, e a informativa, que é o trabalho de dinâmicas corporais, a vivência do corpo integrando sentimentos, pensamentos e atitudes.
Nesta linha de pensamento, Anísia de Paula Figueiredo, doutoranda em Filosofia e professora da PUC de Minas Gerais, diz que a educação do senso do simbólico é um dos pilares do ensino religioso. O universo simbólico faz com que o ser humano se encontre consigo mesmo e perceba a sacralidade da vida, ligada às tradições culturais. É fundamental aprender a buscar o transcendente e ter propósitos de vida em função dos ideais. Igualmente importante é trabalhar símbolos e sensibilidade.
Sérgio Rogério Azevedo Junqueira é professor e diretor da área da Educação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.