A nuvem de cinzas do vulcão islandês Grimsvotn – que se espalhava entre a Groenlândia e a Rússia ontem – causou o cancelamento de cerca de 500 voos na Europa. Milhares de passageiros foram prejudicados, enquanto algumas companhias aéreas criticaram as agências responsáveis pela segurança do setor, afirmando que as medidas preventivas teriam sido exageradas.
Nove empresas que operam a partir da Grã-Bretanha e da Irlanda anunciaram cancelamentos que afetaram pelo menos sete aeroportos da região. O British Met Office, escritório meteorológico britânico, alertava que as cinzas se espalhariam do norte da Escócia para todo o país ao longo do dia. Segundo o instituto, no entanto, a situação deve melhorar hoje, pois a previsão é a de que a nuvem se dissipe.
O governo da Islândia afirmou ontem que a quantidade de partículas expelidas pelo Grimsvotn está diminuindo. De acordo com especialistas, os passageiros deverão ser poupados de uma paralisação aérea semelhante à do ano passado, quando a erupção do vulcão islandês Eyjafjallajökull provocou o cancelamento de milhares de voos, prejudicando milhões de pessoas.
Segundo o Met Office, havia uma “alta densidade” de cinzas na atmosfera ontem. Especialistas alertaram para o risco de que as partículas poderiam estilhaçar janelas ou até paralisar turbinas de aviões.
A companhia aérea irlandesa Ryanair, porém, contestou a informação do instituto meteorológico, afirmando que uma aeronave sem passageiro enviada pela empresa ao espaço aéreo escocês não encontrou sinais de cinzas na atmosfera. O espaço aéreo britânico não chegou a ser fechado ontem, mas algumas companhias preferiram não arriscar e seguiram as recomendações oficiais.
Autoridades alemãs disseram ontem que o espaço aéreo de cidades do norte do país será fechado na manhã de hoje. Os aeroportos mais afetados seriam os de Bremen e Hamburgo. Os de Berlim e Hannover funcionarão, mas com restrições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.