O terremoto forte que atingiu hoje a região norte do Japão afetou as operações de resfriamento em três reatores da usina nuclear Daiichi, em Fukushima. O tremor ocorreu às 17h16 (horário local), na mesma área do violento terremoto de 11 de março que originou um tsunami em seguida.
A Tokyo Electric Power (Tepco), proprietária da usina, informou que a energia chegou a ser cortada para o resfriamento dos reatores 1, 2 e 3. Segundo um porta-voz da Agência de Segurança Nuclear e Industrial, porém, a energia foi restaurada após aproximadamente 50 minutos. O porta-voz disse que até o momento não há registro de “qualquer anormalidade” por causa da falta de energia.
Antes do pronunciamento, funcionários da usina disseram que uma falta temporária não causaria qualquer risco imediato de superaquecimento nos núcleos dos reatores. Também não houve mudança nos níveis de radiação após o terremoto.
Terremoto
Os tremores ocorridos hoje foram sentidos no centro de Tóquio, 160 quilômetros a sudeste, onde prédios balançaram. A Agência Meteorológica do Japão informou que o terremoto teve magnitude de 7,0, revisando para baixo a informação inicial de que o tremor era de 7,1. Já o Serviço de Pesquisas Geológicas dos EUA calculou que o terremoto era de 6,6. A agência meteorológica divulgou um alerta de tsunami para ondas de até 1 metro, bem menores que as de entre 20 e 30 metros registradas após o terremoto de março. O aviso foi retirado cerca de uma hora depois.
Não houve relatos de danos sérios por causa do terremoto. O aeroporto de Narita, em Tóquio, fechou brevemente para checagens das pistas, mas reabriu 30 minutos depois. Alguns rodovias também foram fechadas para checagens. Segundo autoridades, 220 mil casas na região ficaram sem eletricidade por causa do terremoto.
O epicentro do tremor fica 30 quilômetros a sudoeste da costa de Fukushima, a uma profundidade relativamente pequena, de 10 quilômetros sob o mar. Após o terremoto, houve dois tremores secundários ao sul, mais fracos. As informações são da Dow Jones.