O novo ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Kwan-Jin, assumiu o cargo neste sábado e prometeu uma reação militar forte, que obrigaria a Coreia do Norte a uma rendição, caso ela volte a atacar o território sul-coreano. “Se a Coreia do Norte lançar uma provocação militar contra nosso território e nosso povo novamente, deveremos retaliar imediatamente e com força, até sua rendição completa”, disse Kim.
Seu antecessor renunciou depois de sofrer críticas de que não reagiu com vigor apropriado a disparos de artilharia feitos em 23 de novembro pela Coreia do Norte contra a ilha sul-coreana de Yongpyong, perto da fronteira entre os dois países; dois fuzileiros navais e dois civis morreram naquele ataque.
Depois de assumir o cargo, o ministro fez uma rápida visita a Yongpyong e disse que o Exército sul-coreano vai fazer seus próprios treinamentos de artilharia naquela área, quando as condições de tempo melhorarem.
Conflitos são relativamente frequentes na região da fronteira marítima disputada pelos dois países, mas o ataque norte-americano de novembro foi o primeiro contra uma área habitada por civis desde o fim da guerra de 1950-53. No começo deste ano, uma explosão em um navio da Marinha sul-coreana deixou 46 marinheiros mortos; a Coreia do Sul acusou a do Norte de ter atacado o navio com um torpedo, o que foi negado pelo regime comunista norte-coreano.
Nesta sexta-feira, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que vai se reunir com os ministros das Relações Exteriores da Coreia do Sul e do Japão nesta segunda-feira, em Washington, “para revisar a posição que deveríamos ter” em relação à Coreia do Norte. “Nos opomos à busca de armas nucleares que possam ser usadas para ameaçar e intimidar seus vizinhos”, acrescentou. Os EUA mantêm cerca de 40 mil soldados na Coreia do Sul. As informações são da Associated Press.