Novo júri do caso Jean Charles termina sem conclusão

Um júri britânico recusou-se nesta sexta-feira (12) a eximir de culpa a Polícia Metropolitana de Londres no episódio que resultou na morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, confundido com um terrorista por agentes à paisana no metrô da capital londrina. O júri entregou um veredicto aberto, que significa que não houve uma conclusão, depois de receber do juiz de instrução a informação de que havia apenas duas decisões possíveis: ou um veredicto de homicídio dentro da lei ou veredicto aberto. A família do brasileiro qualificou a investigação como “acobertamento”.

Este tipo de inquérito é uma deliberação da legislação britânica para os casos de mortes violentas ou inexplicadas. Foi presidido pelo legista Michael Wright e foram ouvidas dezenas de testemunhas e policiais. A investigação encerrada hoje examinou os fatos relatados nos processos do caso envolvendo o assassinato de Jean Charles em 22 de julho de 2005, duas semanas depois de quatro militantes suicidas terem provocado a morte de 52 pessoas em atentados contra o sistema de transporte público de Londres.

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