Um miliciano jihadista morreu e outros três ficaram feridos em um novo bombardeio aéreo israelense em Gaza, fato que eleva a quatro o número de palestinos mortos em ataques de Israel nas últimas 24 horas, entre eles o principal líder jihadista do território.
Ashraf al-Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde do Governo do Hamas na faixa, afirmou que as três vítimas foram atingidas por um míssil quando circulavam pelo campo de refugiados de Deir al-Balah, no centro de Gaza.
O Conselho da Shura dos Mujahedins, organização próxima à Al Qaeda e cujo líder foi assassinado ontem por Israel em um ataque aéreo, confirmou em comunicado que as vítimas pertencem à organização.
Uma porta-voz militar israelense confirmou à Agência Efe que de fato aconteceu um ataque “no centro de Gaza contra um grupo de lançadores de foguetes”.
Trata-se do segundo ataque aéreo do dia, depois que um bombardeio mais cedo tirou a vida de um palestino e deixou outro ferido na cidade de Jan Yunes, no sul de Gaza.
Segundo o exército israelense, os dois homens iriam lançar um foguete contra o território de Israel quando foram abatidos por um avião da Força Aérea do país.
As milícias palestinas responderam aos ataques neste domingo, quando lançaram dois foguetes contra Israel. Ontem, no dia em que foram abatidos dois líderes jihadistas, segundo dados o exército israelense, os palestinos não perpretaram nenhum ataque.
Uma das vítimas do “assassinato seletivo” de sábado em Jabalya e no qual também ficou ferida uma criança de cinco anos, foi Hisham al Soaidani, líder do Conselho da Shura dos Mujahedins e considerado o principal líder jihadista na faixa.
Nascido em 1965, de nacionalidade jordaniana e residente no campo de refugiados de Al-Bureij, em Gaza, Soaidani estava à frente deste grupo armado salafista, responsável por recentes lançamentos de foguetes contra Israel, precisaram fontes da segurança palestina.
Em comunicado, o exército israelense assinalou que Soaidani “foi um dos fundadores da organização terrorista Conselho da Shura dos Mujahedins, grupo que opera sob o guarda da Jihad Global, atacou civis e militares israelenses e promovia ideias radicais salafista e jihadista”.
A nota também acusa o miliciano de perpetrar “ações terroristas” como o lançamento de foguetes e explosivos contra israelenses.
O Governo do Hamas em Gaza acredita que, com os últimos ataques, “Israel trata de buscar uma briga antes das eleições (gerais israelenses, que estão marcadas para janeiro)”, segundo o site do jornal”Yedioth Ahronoth”.