Uma nova gramática do espanhol, língua falada por 400 milhões de pessoas na Espanha, Américas e Ásia, foi apresentada hoje em Madri. Trata-se da primeira gramática acadêmica elaborada desde 1931 e, como grande novidade, inclui todas as particularidades do espanhol das Américas, o continente onde se concentra a maioria dos falantes da língua. “Aqui estão todas as vozes, todas as falas que formam uma grande polifonia”, disse o diretor da Academia Real Espanhola, Víctor García de la Concha. “Este livro vem do povo e a ele é destinado”.

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Coordenada pelo acadêmico espanhol Ignacio Bosque, uma das principais referências mundiais no estudo da gramática espanhola, a obra apresenta, em três volumes – morfologia, sintaxe e fonética e fonologia – as diferenças do espanhol nas regiões onde a língua é falada, sem estabelecer uma norma obrigatória, mas estabelecendo recomendações gerais.

A publicação “Nova gramática da língua espanhola” não é um guia que aponta as formas comuns e obrigatórias do idioma, mas um compêndio, com algumas recomendações sobre o que une e o que diferencia todos os que têm o espanhol como língua materna. “É a primeira vez que se explicam, com rigor científico e com riqueza de detalhes, as diversas variedades do espanhol americano”, disse, durante discurso, o presidente da Academia Mexicana da Língua, José Moreno de Alba.

Os reis da Espanha, Juan Carlos e Sofía, participaram da apresentação da “Nova gramática da língua espanhola”, editada pela Espasa. A gramática foi apresentada num ato solene com centenas de convidados na sede da Academia Real Espanhola em Madri. “Fico emocionado e orgulhoso por tudo que fizemos por nossa língua”, disse o monarca, em meio aos aplausos do auditório.

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