O pré-candidato republicano Ted Cruz enfrenta nesta terça-feira um grande teste em sua enfraquecida campanha, nas primárias de Indiana. É uma das últimas oportunidades para o senador pelo Texas deter a firme caminhada do favorito Donald Trump para obter a candidatura do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos.
Cruz passou a última semana em Indiana, conseguiu o apoio do governador do Estado e apresentou a ex-executiva Carly Fiorina como sua companheira de chapa. Ainda assim, seus assessores mostram-se pessimistas antes da votação e se preparavam para um resultado fraco, ainda que o senador tenha prometido continuar na disputa independentemente da disputa de hoje. “Estou aqui para continuar enquanto tenhamos um caminho viável para a vitória”, afirmou ele à imprensa durante um ato de campanha na segunda-feira.
Trump, por sua vez, dedicou mais tempo à campanha em Indiana que dedicou à maioria dos outros Estados, em uma mostra de seu desejo de deixar para trás o rival republicano e se concentrar na favorita democrata, Hillary Clinton. Ainda que uma grande vitória em Indiana não seja suficiente para Trump decidir a candidatura, seu caminho seria mais simples e ele teria mais margem de erro nas últimas primárias. “Indiana é muito importante, porque se eu ganho acabou. Estaria terminado”, disse Trump na segunda-feira sobre as primárias.
Os líderes republicanos passaram meses minimizando a importância de Trump, descrevendo-o mais como um produto de entretenimento que perderia fôlego assim que começasse a disputa nas urnas. Mas os eleitores das primárias republicanas se mantiveram fiéis ao empresário e deram e ele vitórias em todas as regiões do país, entre elas seis consecutivas na Costa Leste.
A ex-secretária de Estado Hillary Clinton e o senador Bernie Sanders também se enfrentam em primárias democratas em Indiana nesta terça-feira. Nesse caso, porém, Hillary tem vantagem folgada sobre Sanders, com 91% dos delegados que necessita para obter a candidatura. Isso significa que ela pode conseguir a candidatura ainda que perca todas as primárias restantes.
Sanders admitiu que tem uma disputa difícil com Hillary, já que a maioria dos superdelegados, que votam na convenção partidária sem levar em conta a escolha dos eleitores, apoia a ex-primeira-dama. O apoio a Hillary nesse grupo é de quase 18 para 1 ante Sanders, o que amplia a vantagem dela na disputa democrata. Fonte: Associated Press.