O governo da Noruega enfrenta hoje uma oposição dividida, durante eleições parlamentares nas quais há um enfoque especial sobre como a administração lida com suas riquezas petrolíferas. Outro tema importante da campanha foram os problemas do sistema de bem-estar social. As pesquisas prévias mostravam que a coalizão do primeiro-ministro, Jens Stoltenberg, pode perder seu domínio no Parlamento de 169 postos. Apesar disso, o político de 50 anos pode permanecer no poder com um governo minoritário, já que a oposição não conseguiu se apresentar unida.
O principal rival de Stoltenberg é Siv Jensen, líder do populista Partido Progressista, de direita, que ganhou apoio popular exigindo a diminuição dos altos impostos noruegueses e o reforço de normas contra a imigração. A sigla também prega um melhor aproveitamento da riqueza de petróleo e gás do país. A maioria desse dinheiro tem sido acumulada em um fundo soberano, destinado às gerações futuras, estimado em mais de US$ 400 bilhões.
O petróleo e o gás extraídos de plataformas no Mar do Norte converteu o país de 4,8 milhões de pessoas em um dos mais ricos do mundo. Mas o dinheiro também representa um desafio para o governo, que tenta evitar um excessivo aquecimento da economia doméstica. Após votar em Oslo, Siv Jensen culpou a coalizão governista pelas estradas ruins, pelos centros de asilo político superlotados e pelas longas filas em hospitais públicos.