A ambientalista queniana Wangari Maathai, de 71 anos, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2004, faleceu nesta segunda-feira em um hospital de Nairóbi onde se submetia a um longo tratamento contra o câncer, informou o diretor executivo do Movimento Cinturão Verde, fundado por ela, Karanja Njoroge.

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Além do Movimento Cinturão Verde, no Quênia, ela foi uma ativista dos direitos das mulheres e também atuou como parlamentar em seu país. Maathai era bióloga e veterinária e foi a primeira mulher africana a ser agraciada com o Prêmio Nobel da Paz. No momento de sua morte, estava acompanhada por familiares e amigos.

Maathai combinou em seu trabalho o ambientalismo e o ativismo social. Com o Movimento Cinturão Verde, ela mobilizou durante mais de 30 anos mulheres pobres para que estas plantassem 30 milhões de árvores. O comitê do Nobel destacou, ao agraciá-la em 2004, a resistência dela ao regime repressivo do presidente queniano Daniel arap Moi, que ficou no cargo entre 1978 e 2002.

Em seu discurso na cerimônia de entrega do Nobel, Maathai disse que a inspiração para seu trabalho veio de sua infância no interior do Quênia, onde via florestas sendo derrubadas para darem espaço a plantações comerciais, destruindo a biodiversidade e a capacidade das florestas conservarem água.

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Em um segundo momento, o Movimento Cinturão Verde também passou a lutar por democracia no Quênia. O primeiro-ministro queniano, Raila Odinga, lamentou a morte. O arcebispo sul-africano Desmond Tutu, também Nobel da Paz, qualificou Maathai como “uma verdadeira heroína africana”. A Fundação Nelson Mandela também lamentou a notícia.

Maathai tornou-se a primeira mulher a obter um título de doutora no leste da África, em 1971, na Universidade de Nairóbi, onde depois foi professora. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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