As autoridades paquistaneses confirmaram hoje que já chega a 105 o número de mortos no ataque mais violento contra o país em dois anos. O atentado realizado ontem utilizou um veículo carregado de explosivos em um mercado repleto de mulheres e crianças na cidade de Peshawar, no noroeste do país. Entre os 105 mortos havia pelo menos 60 mulheres e crianças. Especialistas em segurança afirmaram que o ataque poderia se voltar contra os insurgentes, fazendo com que mais gente condene as ações dos extremistas.
O atentado foi o mais mortífero no Paquistão desde 2007 e ocorreu enquanto a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, visitava o país para oferecer apoio na luta contra a fortalecida insurgência da rede terrorista Al-Qaeda e do grupo extremista Taleban, em uma zona vizinha ao Afeganistão.
Hillary estava na capital, Islamabad, no momento do ataque. Ela realizava uma reunião com autoridades locais quando a bomba explodiu em Peshawar. Hoje, a secretária avaliou que o Paquistão não tinha outra chance a não ser tomar uma abordagem mais agressiva contra os extremistas.
Ofensiva
As forças militares paquistanesas realizam uma ofensiva militar no Waziristão do Sul, uma região fronteiriça ao território afegão. A área é vista como um bastião do Taleban, onde são tramados a maioria dos atentados do país e também ataques contra as forças ocidentais no vizinho Afeganistão.