A rebelião nas fileiras do governista Partido Liberal Democrata (PLD), do Japão, perdeu força depois de diversos parlamentares terem retirado hoje apoio a uma proposta de convenção interna que forçaria a realização de uma votação sobre se o PLD deveria ou não eleger um novo presidente. Em vez disso, o partido realizará somente uma reunião na terça-feira para que o primeiro-ministro japonês, Taro Aso, possa “manifestar sua convicção e suas políticas” antes das eleições gerais, disse o secretário-geral do PLD, Hiroyuki Hosoda. “Os integrantes do partido têm diferentes opiniões. Este fórum será uma oportunidade para que eles possam se expressar”, disse Hosoda, ao manifestar a esperança de que o encontro ajude a unir o partido.
O ministro japonês das Finanças, Kaoru Yosano, que teria exigido a renúncia de Aso, declarou-se satisfeito com o resultado, num aparente recuo de sua posição anterior. “É bom que passemos por um importante processo antes da dissolução”, afirmou. Aso, que anunciou que dissolverá o Parlamento na terça-feira, destacou a importância das medidas tomadas pelo PLD para combater a recessão. “Nós temos de recuperar a plena saúde econômica em três anos”, disse a uma comissão do governo. O premier disse querer ministros que se concentrem em medidas relevantes e que façam do emprego e da economia uma prioridade.
Taro Aso tem sofrido pressão dentro de seu partido para que renuncie à chefia de governo antes das eleições gerais convocadas para 30 de agosto. Sondagens sugerem que o pleito marcaria o fim do domínio do PLD depois de quase meio século quase ininterrupto no poder. Segundo Aso, o oposicionista Partido Democrata do Japão (PDJ) não possui uma política econômica viável. No entanto, pesquisas de intenção de voto indicam que o PLD perderá a votação para o PDJ em meio a uma sensação de descontentamento com as ações do governo e o rumo do país. As informações são da Dow Jones.