O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse hoje em Brasília que os Estados Unidos poderiam ajudá-lo a voltar ao poder se intensificassem a pressão econômica sobre o governo hondurenho interino, instalado no fim de junho, depois de um golpe militar contra o líder democraticamente eleito. Zelaya afirma que Washington o tem apoiado firmemente, mas acredita que o governo americano poderia adotar medidas mais duras no front econômico contra o governo que assumiu depois do golpe.
Em entrevista concedida hoje à estatal “TV Brasil”, Zelaya não entrou em mais detalhes sobre a possibilidade de pressão econômica por parte de Washington. Os EUA são o principal parceiro comercial de Honduras e a maior fonte de investimento estrangeiro direto no país centro-americano. O governo americano já suspendeu US$ 18 milhões em ajuda ao desenvolvimento hondurenho. Zelaya está no Brasil para se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.