A revista New Yorker divulgou em sua capa a imagem do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, vestido como um muçulmano, ao lado de sua mulher, Michelle, como uma terrorista. A campanha do senador acusou a ilustração de ser "ofensiva e de mau gosto". O periódico chegou hoje às bancas, com o título de "A Política do Medo".

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A charge, assinada por Barry Blitt, mostra Obama com uma vestimenta tradicional muçulmana, sandálias, bata e turbante. Já Michelle aparece com roupa camuflada, botas usadas em combate e portando um rifle, o cenário da ilustração é o Salão Oval da Casa Branca. O casal está se cumprimentando com uma batida de punhos, em frente de uma lareira onde arde uma bandeira dos EUA. Sobre a lareira há uma foto do terrorista Osama bin Laden pendurada na parede.

"A New Yorker pode pensar, como um de seus funcionários explicou para nós, que a capa deles é uma sátira da caricatura que os críticos de direita do senador Obama tentam criar", disse Bill Burton, porta-voz da campanha do democrata. "Mas a maioria dos leitores verão isso como de mau gosto e ofensivo. E nós concordamos.

Em comunicado divulgado nesta segunda (14), a revista alegou que a capa "combina várias imagens fantásticas sobre os Obamas e mostra as óbvias distorções que elas são". "A sátira é parte do que nós fazemos, e ela deve trazer coisas para o público, colocar um espelho que reflita o preconceito, o ódio e o absurdo. E esse é o espírito dessa capa", alegou o texto distribuído pela New Yorker. O comunicado também lembrou os dois textos assinados por Obama na mesma edição, qualificando-os como "muito sérios".

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