O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse hoje que Israel deve manter a presença na Cisjordânia mesmo depois de um acordo de paz. Foi a primeira vez que ele fez tal exigência.

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O premiê disse que a experiência de ataques com foguetes disparados das fronteiras com o Líbano e com a Faixa de Gaza significa que Israel deve ser capaz de evitar que tais armamentos sejam levados para a entidade palestina na Cisjordânia.

“Não podemos permitir que isso aconteça a partir do centro de nosso país”, disse a repórteres estrangeiros em Jerusalém. “Estamos cercados por um arsenal crescente de foguetes colocados em enclaves apoiados pelo Irã ao sul e ao norte”, disse ele, referindo-se ao Líbano e à Faixa de Gaza.

Os palestinos querem criar um Estado independente formado pela Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, mas sem a presença israelense, seja civil ou militar. Atualmente, Israel tem o controle completo da Cisjordânia e suas fronteiras, embora a Autoridade Palestina patrulhe os centros mais povoados.

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Netanyahu destacou os sistemas de defesa que Israel está desenvolvendo para combater os foguetes disparados contra seu território, mas admitiu que eles são “proibitivamente caros”. Netanyahu disse que o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, em Gaza, conseguem seus foguetes de países vizinhos e que isso precisa parar.

Durante a coletiva de imprensa, Netanyahu também pediu sanções internacionais mais duras contra o Irã. Ele disse que há uma “aceitação geral” da visão de Israel de que o Irã representa uma ameaça estratégica por causa de seu programa nuclear. “A questão é se há vontade de agir. Em breve, descobriremos”, disse ele.

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Netanyahu não fez referência à possibilidade de Israel e outros países atacarem militarmente o Irã. O Irã afirma que seu programa nuclear é pacífico, mas Israel, os Estados Unidos e outros países suspeitam que o Irã esteja construindo armas nucleares.