O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a decisão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), de listar os santuários da Cisjordânia como palestinos é “absurda”. Os santuários, que incluem a Tumba dos Patriarcas, em Hebron, são sagrados tanto para judeus quanto para muçulmanos.
Netanyahu emitiu um comunicado hoje condenando a decisão do órgão ligado à ONU. “A tentativa de separar o povo de Israel de sua herança é absurda”, disse Netanyahu. A Bíblia diz que na Tumba dos Patriarcas foram sepultados Abraão, Isac, Jacó e suas três esposas, Sara, Lea e Rebeca. Os islâmicos chamam a Tumba dos Patriarcas de mesquita Al-Ibrahimi, porque Abraão também é considerado pai da religião muçulmana e como pai de Ismael, também é considerado pai dos povos árabes.
A Unesco se refere em seu website aos santuários como mesquitas dentro de território palestino. “Se os lugares onde os pais e as mães do povo judeu estão sepultados há 4 mil anos não são parte da herança judaica, então o que é?”, questionou Netanyahu.
Hebron é uma cidade árabe complicada na Cisjordânia, porque é o único lugar onde judeus vivem em meio a palestinos. Cerca de 500 colonos israelenses, alguns deles extremistas, vivem em enclaves perto do disputado santuário, protegidos por soldados israelenses que controlam parte da cidade onde vivem 170 mil árabes.
No começo deste ano Israel registrou o santuário de Hebron como um patrimônio da herança histórica nacional. Mas o santuário fica na Cisjordânia, território dos árabes que os palestinos reivindicam para o seu futuro Estado e que Israel tomou na Guerra do Seis Dias em 1967. As informações são da Associated Press.