O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, disse nesta quinta-feira que a ameaça de renúncia de parlamentares do Partido Povo da Liberdade (PDL), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, prejudica o sistema político no país.

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Na quarta-feira à noite, membros do partido de Silvio Berlusconi ameaçaram

renunciar em bloco caso a expulsão do ex-primeiro-ministro italiano do Parlamento seja oficializada. Berlusconi está sendo acusado de fraude fiscal e um comitê do Senado foi criado para decidir se Berlusconi deverá ser destituído de seu cargo de senador após a condenação penal.

A questão deve ser votada em 4 de outubro. O comitê, em função de sua composição, deve votar pela expulsão do ex-premiê da Itália.

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Em um comunicado, Napolitano disse que o anúncio do PDL é “inquietante” e afirmou que sentenças definitivas devem ser respeitadas. “A aplicação de um condenação definitiva… é uma parte constituinte de qualquer país baseado no Estado de Direito”, disse. O chefe de Estado acrescentou que nem ele, nem o atual premiê Enrico Letta poderiam intervir no caso. “Uma parte constituinte de um país baseado no Estado de direito é a não-interferência do chefe de Estado ou do primeiro-ministro nas decisões independentes da autoridade judicial”, disse Napolitano.

O presidente também classificou como “absurda” a ideia de que a condenação e a possível cassação de Berlusconi faziam parte de um “golpe de Estado” na Itália. Silvio Berlusconi deixou a entender em uma reunião com membros de seu partido que estava sendo perseguido no país.

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