Nagasaki lembra 62º aniversário do ataque nuclear

O prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue, disse nesta quinta-feira (9), em cerimônia marcando o 62º aniversário do segundo e até hoje último ataque com bomba nuclear da história, que todas as potências nucleares precisam eliminar seus arsenais e o Japão deveria transformar em lei sua política de não buscar armas atômicas. O primeiro-ministro Shinzo Abe estava entre as 5.500 pessoas atendendo a uma cerimônia no parque da paz de Nagasaki, junto com outras autoridades, diplomatas e sobreviventes.

A cidade observou um minuto de silêncio às 11h02 (locais), o momento em que o bombardeiro B-29 americano batizado de Bock’s Car lançou a bomba atômica em 1945, matando cerca de 74.000 pessoas. O ataque a Nagasaki ocorreu três dias depois que o avião dos EUA Enola Gay havia lançado o primeiro ataque com bomba atômica contra Hiroshima, matando pelo menos 140.000.

"Os Estados Unidos e todas as outras potências nucleares deveriam não apenas defender a não-proliferação, mas também eliminar suas armas", afirmou o prefeito. Ele pediu ao governo japonês para empreender esforços a fim de tornar o Extremo Oriente uma região livre de armas atômicas – em outubro último, a Coréia do Norte realizou um teste nuclear e uniu-se à Rússia e China como potências nucleares da região.

"Como o único país que sofreu ataques nucleares na história da humanidade, temos a responsabilidade de transmitir essa trágica experiência à comunidade internacional", disse o premier Abe. "O Japão assumirá a iniciativa para levar o mundo na direção da eliminação das armas nucleares e da paz eterna".

O Japão rendeu-se em 15 de agosto de 1945, determinando o fim da Segunda Guerra Mundial.

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