O advogado da brasileira Paula Oliveira, que segundo o Ministério Público de Zurique confessou ter forjado o ataque xenófobo, disse que alegará problemas de saúde para reduzir sua pena. O suíço Roger Muller disse também que a brasileira dificilmente será presa. Ela sofreria de lúpus, doença que pode causar alucinações. A promotoria ressaltou que a confissão será incluída no processo penal contra a pernambucana.

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Na quinta, o presidente do Conselho Federal suíço, Hanz Rudolf Merz, tentou desarmar de vez a crise, garantindo que o caso não afetaria a relação de seu país com o Brasil. Integrantes do governo brasileiro haviam qualificado o caso como um possível ataque xenófobo. A família de Paula acionou políticos de peso no País e o serviço consular do Brasil passou a dar atenção especial à pernambucana.

O caso parecia emblemático. Paula teria sofrido um ataque de neonazistas na estação de trem de Dubendorf, o que teria causado um aborto. Segundo seu relato, ela teve o corpo cortado e as letras do partido de extrema direita SVP (Partido do Povo Suíço) marcadas com estilete em suas pernas e abdome. Mas o laudo médico da polícia concluiu que ela não estava grávida e privilegiava a tese de automutilação.

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