O presidente da Bolívia, Evo Morales, saiu vitorioso de uma batalha judicial com uma ex-namorada. Segundo a juíza do caso, não existe a criança que a mulher diz ter tido nove anos antes com Morales.
A magistrada Jacqueline Rada declarou que a demanda não foi comprovada “pela inexistência física comprovada do menino” e arquivou a denúncia por “violência psicológica” de um menor que havia sido apresentado em março como o suposto filho de Morales com Gabriela Zapata. Morales inclusive se submeteu a um teste de paternidade e disse que a mãe deveria apresentar a criança, mas a mulher afirmou que o teste seria falso.
Segundo analistas, o escândalo contribuiu para a derrota eleitoral de Morales na votação popular de 21 de fevereiro, quando os bolivianos se pronunciaram sobre se o presidente deveria ter o direito a tentar mais uma reeleição. Foi a primeira derrota nas urnas de Morales em uma década no poder.
A denúncia inicial era por tráfico de influência a favor de Zapata, que não possui título universitário mas obteve o posto de gerente comercial da multinacional chinesa CAMC Engineering. A companhia obteve projetos do governo de mais de US$ 500 milhões.
O caso, porém, ganhou ares de novela quando Morales admitiu na televisão um antigo relacionamento com Zapata, de 29 anos, do qual nasceu um menino que pouco depois do parto morreu. O presidente é solteiro, mas tem dois filhos jovens de relacionamentos anteriores.
Zapata está em prisão preventiva, acusada de enriquecimento ilícito. Ela já disse várias vezes que seu filho com o presidente está vivo, mas segundo a juíza não conseguiu provar isso. A ex-namorada do presidente se disse vítima de um aparato judicial que favorece o governo. Fonte: Associated Press.