A comunidade judaica argentina celebrou hoje o 16º aniversário do atentado da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), pedindo que os iranianos suspeitos pelo ataque respondam por sua culpa na Justiça.

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Autoridades da numerosa comunidade judaica no país criticaram em um ato, com a presença do juiz espanhol Baltasar Garzón como convidado especial, que o Irã negue sistematicamente sua colaboração para entregar à Justiça o ex-presidente iraniano Ali Rafsanjani e o atual ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, entre outros acusados pelo maior atentado ocorrido em solo argentino. Teerã nega qualquer vínculo com o atentado.

O ataque de 1994 com um veículo carregado de explosivos contra a Amia ocorreu em 18 de julho, deixando 85 pessoas mortas e 300 feridas. O atentado aconteceu dois anos após a embaixada de Israel, em Buenos Aires, ter sido alvo de um ataque que deixou 29 vítimas e também não foi esclarecido.

O presidente da associação, Guillermo Borger, assegurou que a comunidade judaica “jamais baixará os braços” no “sagrado mandato de buscar justiça”. Borger criticou o fato de um dos acusados no caso, Vahidi, ter se tornado ministro do governo iraniano. O advogado Garzón também criticou a impunidade no caso. Segundo o juiz espanhol, há “interesses ocultos” para que não sejam punidos os responsáveis.

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