Um grupo de paquistaneses e sírios foi atacado em Colônia, em meio a tensões envolvendo o episódio de ataques contra mulheres na véspera do ano-novo na cidade da Alemanha, atribuídos em grande parte a estrangeiros, disse a polícia nesta segunda-feira.
Seis cidadãos paquistaneses foram atacados no domingo por um grupo de cerca de 20 pessoas e dois deles tiveram que receber brevemente tratamento em um hospital, informou a polícia. Também na noite de domingo, um sírio foi atacado por cinco pessoas, ficou ferido mas não precisou de tratamento.
A polícia informou que recebeu informações sobre grupos de pessoas que “queriam provocação”, mas ainda investigava se os ataques subsequentes tinham motivação racial ou qualquer vínculo com os episódios do último dia do ano passado.
Os ataques contra mulheres geraram tensões em relação à política de portas abertas da Alemanha na crise de refugiados e levaram políticos e pedir regras mais duras contra os imigrantes que cometem crimes.
Autoridades e testemunhas disseram que os agressores da noite do ano-novo estavam entre um grupo de cerca de mil pessoas, descrito como predominantemente árabe ou do norte da África, que se reuniu na estação central de trem de Colônia. Alguns se dividiram em grupos menores e roubaram e assediaram mulheres, segundo a polícia. Mulheres denunciaram abuso sexual e até um estupro.
A polícia de Colônia informou que 516 acusações criminais foram apresentadas com relação aos ataques do ano-novo. Cerca de 40% delas envolviam acusações de crimes sexuais.
Em outro incidente, a polícia informou no domingo que dois imigrantes, um sírio e um afegão, foram presos no norte da Alemanha, sob suspeita de atacarem e roubarem um francês que usava um solidéu (quipá) judaico. A polícia disse que o homem de 49 anos estava na sala de espera do porto de ferry de Puttgarden, no sábado, quando dois homens, dizendo “judeu” em árabe, jogaram-no no chão. A polícia disse que a dupla roubou uma bolsa que tinha dinheiro, cartão do banco, a passagem do trem e um celular. A dupla havia sido proibida de entrar na Dinamarca, no dia anterior, porque eles não tinham os papéis corretos, e estavam no momento do roubo esperando por um trem para um centro de refugiados. Fonte: Associated Press.