O presidente e executivo-chefe do conglomerado de mídia News Corp, o magnata australiano Rupert Murdoch, disse hoje a um comitê do Parlamento britânico que foi claramente enganado sobre a questão dos grampos telefônicos do tabloide News of the World, mas não sabe quem mentiu para ele. Ele reafirmou que todas as informações relativas às escutas clandestinas foram enviadas à polícia.

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Durante o interrogatório, Murdoch disse que não sabia de tudo o que acontecia no News of the World, afirmando que confiava em executivos locais para supervisionar a News International, a unidade de negócios da News Corp na Grã Bretanha. Ele disse que as pessoas nas quais confiava o decepcionaram.

Enquanto era questionado sobre seu conhecimento da extensão dos crimes cometidos no News of the World, Murdoch fez várias pausas antes de responder e seu filho James pediu permissão para responder perguntas sobre assuntos locais. Ao ser perguntado sobre a razão de o tabloide ter sido fechado, Murdoch disse que foi porque o grupo se sentiu envergonhado com as novas acusações e que a decisão foi tomada pelo conselho da News Corp.

Questionado sobre os pagamentos feitos por funcionários do News of the World, o executivo afirmou que nenhum repórter pode fazer pagamentos sem aprovação dos gestores. Já James Murdoch disse que todos os gestores da empresa devem registrar pagamentos feitos em espécie.

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Murdoch revelou também que se tornou impraticável para a companhia seguir com sua proposta para a compra da operadora de TV British Sky Broadcasting (BSkyB) e que os competidores da News Corp na Grã Bretanha formaram um consórcio contra a empresa.

O presidente da News Corp afirmou também que o FBI não tem evidências de que vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro, em Nova York, foram alvo de grampos telefônicos. As informações são da Dow Jones.

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