O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou hoje que seu país e o restante do mundo estão “horrorizados e ultrajados” com a violência das forças iranianas de segurança durante atos de repressão a opositores, num claro endurecimento de sua retórica sobre o tema. Durante entrevista coletiva, no Jardim das Rosas da Casa Branca, Obama denunciou “as ameaças, os espancamentos e as detenções” dos últimos dias no Irã. “Condeno nos mais duros termos essas ações injustas”, disse ele. Obama também negou que os Estados Unidos estejam de alguma forma incentivando os protestos contra o resultado das eleições presidenciais iranianas.
“Eu deixo claro que os Estados Unidos respeitam a soberania da República Islâmica do Irã e não estão interferindo nos assuntos internos iranianos. Mas também devemos ressaltar a coragem e a dignidade do povo iraniano e essa considerável abertura (que vem ocorrendo) na sociedade iraniana. Nós deploramos a violência contra civis inocentes em qualquer lugar onde ela aconteça”, prosseguiu o líder americano.
Protestos
Os iranianos protestam contra os resultados das eleições do dia 12 no país. Segundo dados oficiais, o presidente Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito com folga. Os oposicionistas, liderados pelo reformista Mir Hossein Mousavi, reclamam de fraudes. Pelo menos 17 pessoas morreram e centenas foram detidas durante os protestos dos últimos dias.