O chanceler da Argentina, Héctor Timerman, acusou empresas multinacionais e setores monopolistas da economia no Equador de terem incentivado os distúrbios registrados ontem naquele país. “Isso vem dos setores monopolistas e concentrados da economia, o Equador está sendo atacado por empresas multinacionais”, afirmou Timerman, em entrevista hoje aos jornalistas, em Buenos Aires, antes de embarcar para Quito, junto com os chanceleres dos países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

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O chanceler afirmou que, para a Unasul, o violento protesto contra o presidente Rafael Correa, que deixou mortos e feridos, “foi uma tentativa falida de golpe, mas uma tentativa de golpe”. Ele comentou que na reunião de presidentes realizada na madrugada de hoje “houve a decisão unânime de parar o golpe”. “Na América Latina não há mais lugar para os golpes”, sentenciou, afirmando que “pela primeira vez serão tomadas medidas automáticas de sanções contra quem der um golpe militar”.

O chanceler reconheceu que “no fundo ninguém está isento de sofrer uma desestabilização”, mas alertou que “a partir de agora o país que sofrer um golpe ficará isolado automaticamente com o fechamento das fronteiras e corte de energia”. Timerman relatou ainda que se comunicou com Correa, por telefone, e que o presidente equatoriano “está tranquilo, mas preocupado, porque a situação é instável”.

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