Mulheres da etnia Hazara na cidade paquistanesa de Quetta se recusam a enterrar os corpos de dezenas de pessoas mortas em um enorme atentado à bomba em uma área comercial xiita. Hazaras muçulmanos xiitas estão furiosos com o que veem como falta de proteção das forças locais e nacionais, em face de ataques repetidos.
A bomba do último sábado (16) destruiu um movimentado mercado paquistanês, matando pelo menos 84 e ferindo cerca de 169 pessoas. O grande ataque – o segundo este ano – foi realizado por militantes sunitas.
Cerca de 4 mil mulheres começaram o protesto em Quetta, no sudoeste do Paquistão, na noite de ontem (17). Elas bloquearam uma estrada e se recusaram a realizar o ritual tradicional de enterrar os mortos até que uma ação seja tomada contra os bombardeiros.
Relatos dão conta de que milhares de hazaras levaram os corpos para uma mesquita local, mas, em seguida, começaram a cantar e protestar em vez de prosseguir com os enterros. Greves e protestos foram registrados em outras partes do país, incluindo a capital comercial de Karachi.