Uma mãe de 26 anos que perdeu a mão direita em um acidente de trânsito há cinco anos se reuniu com cirurgiões para mostrar à imprensa sua nova mão doada. Ela foi submetida a um enxerto de mão no mês passado, no Centro Médico Ronald Reagan, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

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Os médicos disseram que ela até pouco tempo vivia com uma prótese e desejava um transplante para cuidar melhor de sua filha. Em uma operação de 14 horas, uma equipe de quase 20 cirurgiões, enfermeiras e auxiliares enxertou a mão de um doador morto e conectou os ossos, artérias e veias, nervos e tendões.

Foi o 13º transplante de mão realizado nos Estados Unidos e o quinto neste hospital. A paciente conseguiu mover seus dedos pouco após a operação. Ela deve passar por vários meses de reabilitação e tomar remédios pelo resto da vida para evitar a rejeição do novo membro.

Os transplantes de mão evoluíram muito desde o primeiro, ocorrido no Equador em 1964, antes do desenvolvimento da moderna terapia imunossupressora. O transplante fracassou na ocasião após duas semanas, e o paciente teve de ser submetido a uma amputação da nova mão.

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Quase três décadas depois, médicos franceses realizaram em 1998 um transplante de mão que durou dois anos. O paciente não tomou medicamentos para evitar a rejeição como prescrito e seu organismo acabou rejeitando a nova mão.

Desde então, foram realizados mais de 40 transplantes em todo mundo, entre eles vários das duas mãos. O primeiro receptor norte-americano dessa prática, em 1999, viveu com a mão transplantada pouco mais de uma década. As informações são da Associated Press.

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