O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, voltou a acusar a Grã-Bretanha e os Estados Unidos de planejarem a invasão de seu país em meio à crescente pressão internacional para que renuncie ao cargo, disse nesta terça-feira (9) em Harare, George Charamba, porta-voz do mandatário. Charamba acusou as potências ocidentais de terem planos de levar o caso do Zimbábue ao Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) sob a alegação de que uma epidemia de cólera e a escassez de comida incapacitaram o governo.
“Os britânicos e os americanos estão determinados a levar o Zimbábue perante o Conselho de Segurança da ONU”, escreveu Charamba em artigo publicado hoje no jornal estatal Herald. “Eles também estão determinado a assegurar que o Zimbábue seja invadido, mas sem que executem diretamente (a invasão). Sob tais circunstâncias, nada os deterá”, prosseguiu. “Não ficaremos surpresos se eles gerarem uma ‘missão’ envolvendo a ONU”, concluiu Charamba.
Na segunda, a União Européia (UE) aumentou a pressão diplomática sobre o Zimbábue ampliando as sanções sobre Mugabe e os freqüentadores de seu círculo íntimo. Por sua vez, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, somou sua voz às conclamações de líderes ocidentais para que Mugabe deixe o cargo. As informações são da Dow Jones.