O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, defendeu hoje as reformas agrárias às quais seus críticos atribuem a culpa pela fome em seu país e acusou o Ocidente de impor “sanções desumanas”. Em discurso durante a reunião de cúpula da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, conhecida pelas iniciais em inglês FAO, em Roma, Mugabe disse que milhares de fazendas de propriedade de brancos foram tomadas pelo Estado em 2000 em uma tentativa de se promover justiça e igualdade.
Ele atribuiu as sucessivas crises econômicas enfrentadas pelo Zimbábue nos últimos anos a “intervenções hostis” de “inimigos neocolonialistas” que impuseram “sanções desumanas e ilegais” ao país. Os países ocidentais impuseram ao Zimbábue proibições de viagem e congelaram os bens de Mugabe e de seus principais colaboradores. As sanções não se aplicam a eventos patrocinados pela ONU.