Mugabe ameaça violência se perder eleição no Zimbábue

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, há 28 anos no poder, afirmou nesta sexta-feira que os veteranos da guerra da independência do país estão dispostos a pegar em armas se ele for derrotado no segundo turno das eleições presidenciais, no dia 27.

Mugabe afirmou que os veteranos o procuraram após o primeiro turno das eleições, em 29 de março, ameaçando iniciar uma nova guerra se o opositor Morgan Tsvangirai, do Movimento pela Mudança Democrática (MMD), vencesse a votação.

"Eu também estou preparado para aderir à luta", afirmou Mugabe a jovens partidários de seu partido, o Zanu-PF. "Não podemos deixar os britânicos nos dominarem por meio de seus fantoches", disse o presidente, em referência a Tsvangirai. "Um voto para a oposição é um voto para os britânicos."

Os veteranos de guerra já atuaram outras vezes na intimidação de críticos de Mugabe. Eles participaram ativamente do confisco de milhares de fazendas de brancos em 2000 e conseguiram a propriedade de algumas dessas terras. A declaração de Mugabe foi vista como mais um sinal do que seus críticos afirmam ser uma campanha de intimidação contra os opositores antes da votação do dia 27.

O MMD afirma que, desde que a campanha para o segundo turno começou, mais de 60 de seus partidários foram mortos. Eles responsabilizam o governo pelos violentos ataques.

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