Nem aids nem gripe suína. A maior ameaça para a saúde no século 21 são as mudanças climáticas, que trarão ondas de calor, falta de alimento e, para países tropicais como o Brasil, um avanço da malária, cólera e da dengue.

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A solução não está apenas em reduzir as emissões de CO2, mas tirar milhões da pobreza e mudar o padrão de vida da camada mais rica. Pesquisa da revista The Lancet e da University College de Londres alerta que as maiores vítimas serão os pobres, mesmo que não sejam os maiores poluidores.

Sistemas de saúde de muitos países poderão ser colocados sob alta pressão e alguns até entrariam em colapso. A “injustiça social” da questão climática é um dos focos do alerta. Segundo o estudo, essa desigualdade será “uma fonte de vergonha histórica para nossa geração se nada for feito”. O texto diz que “os ricos verão que estão vivendo em um mundo mais caro, inconveniente, desconfortável e mais imprevisível. Os pobres morrerão”.

A pesquisa diz que as previsões de alta na temperatura são conservadoras e indica que uma elevação de 2°C já seria desastrosa. Entre 260 milhões e 320 milhões de pessoas a mais do que o normal seriam afetadas pela malária até 2080. Na África, a elevação de 1°C multiplicaria por dez o número de mosquitos. A dengue seguiria padrão similar e doenças como esquistossomose e leishmaniose também cresceriam.

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