As mudanças climáticas representam uma ameaça imediata e séria à saúde e à estabilidade global, na medida em que enchentes e secas destroem moradias e a produção de alimentos, além de aumentar as migrações em massa, afirmaram especialistas nesta segunda-feira.
Em comunicado emitido durante uma reunião em Londres, eles pediram ações mais duras para reduzir as mudanças climáticas, dentre elas elevar a meta da União Europeia para o corte das emissões dos gases do efeito estufa de 20% para 30%, tendo como base os níveis de 1990.
“Não é suficiente que os políticos tratem das mudanças climáticas como um conceito acadêmico abstrato”, disse o signatário Hugh Montgomery, diretor do Instituto para Saúde e Performance Humana da University College London (UCL).
“O preço da complacência será pago em vidas e sofrimento humanos e todos serão afetados. O combate às mudanças climáticas pode evitar isso, enquanto mudanças de estilo independentes produzem benefícios significativos na questão da saúde. É hora de vermos uma liderança verdadeira daqueles que professam assumir tal papel”, afirma o comunicado.
Outros signatários do documento são Michael Jay, presidente da entidade médica Merlin; Ian Gilmore, ex-presidente do Royal College of Physicians; e Anthony Costello, diretor do Instituto para Saúde Global da UCL.
O comunicado destaca como a elevação das temperaturas e a instabilidade do clima vai resultar em eventos climáticos mais frequentes e extremos, o aumento da dispersão de doenças infecciosas, a destruição de hábitats e a falta de água e alimentos. Isso pode dar início a conflitos, crises humanitárias e migrações em massa, diz o documento.
Tomar atitudes rápidas para combater as mudanças climáticas pode não apenas reduzir esses ricos, mas também melhorar a saúde global, dizem os especialistas, citando medidas para eliminar progressivamente o uso de produção de energia em usinas movidas a carvão, o que vai melhorar a qualidade do ar.
Os especialistas pediram que a União Europeia e outros países desenvolvidos adotem objetivos mais duros para a redução das emissões e que países desenvolvidos identifiquem as formas como as mudanças climáticas ameaçam a saúde e busquem maneiras de mitigar essas causas ou se adaptem a elas. As informações são da Dow Jones.