Grupos muçulmanos conservadores fizeram nesta sexta-feira o segundo protesto em massa em menos de um mês contra o prefeito da capital do país, Basuki Tjahaja Purnama, por supostamente insultar o Corão, livro sagrado do Islã, elevando as tensões em uma cidade já em alerta após recentes prisões ligadas ao grupo extremista Estado Islâmico.

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Os protestos são vistos como um teste ao país, de maioria muçulmana, sobre respeito e tolerância em um momento de influência e organização crescentes de lideranças muçulmanas de linha dura.

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O presidente Joko Widodo, que tem feito apelos ao respeito à diversidade do país, rapidamente se juntou aos quase 150 manifestantes para oferecer uma reza no parque ao redor do Monumento Nacional. Ele então agradeceu à multidão e pediu que eles voltassem para casa de forma pacífica.

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Autoridades de segurança empregaram milhares de soldados e policiais em meio à cidade de 10 milhões de habitantes durante o protesto, que aconteceu dias após a prisão de dois homens que estariam planejando um ataque a prédios da capital, incluindo o Parlamento.

O prefeito de Jacarta, Basuki Tjahaja Purnama, conhecido como Ahok, é católico e também o político mais conhecido do país de descendência chinesa, uma minoria que há muito sofre discriminação e perseguição no sudeste asiático.

Ele é acusado de blasfêmia por supostamente ter ofendido o Corão durante um evento em setembro. Se condenado, pode pegar até cinco anos de prisão.

Ele pediu desculpas por seus comentários, mas não impediu a realização dos protestos, que ameaçam a sua candidatura à reeleição no ano que vem. Fonte: Dow Jones Newswires.