Hosni Mubarak, ex-presidente do Egito, falou publicamente pela primeira vez desde sua detenção, há dois anos, e disse que está “consternado” com a situação atual do país, especialmente em relação aos mais pobres.
O ex-presidente, de 85 anos, falou ao jornal Al-Watan após uma sessão de seu novo julgamento pelo envolvimento na morte de 846 manifestantes, durante a revolta que o tirou do poder em 2011. Mubarak foi condenado à prisão perpétua, mas o mais alto tribunal de apelações do país ordenou um novo julgamento, depois de aceitar apelos da defesa e da acusação.
Na entrevista, ele fez uma alerta contra um empréstimo do Fundo Monetário Internacional, dizendo que isso tornaria a vida mais difícil para os pobres no Egito, onde mais de 40% da população vive com menos de 2 dólares por dia. Sobre o seu sucessor, o islamita Mohamed Morsi, Mubarak disse que era muito cedo para fazer julgamentos.
Mubarak afirmou que está “desanimado” com o estado da economia e das cidades industriais construídas durante seus quase 30 anos de mandato, e criticou a falta de segurança do país. As informações são da Associated Press.