O Movimento 5 Estrelas (M5S) e a Liga dialogam nesta quinta-feira para tentar formar uma nova administração, o que poderia levar uma equipe cética sobre a União Europeia ao comando da terceira maior economia da zona do euro. Na quarta-feira, o líder do M5S, Luigi Di Maio, propôs um novo governo com a Liga, no qual o economista Paolo Savona poderia ocupar outro ministério que não o da Economia, para tentar chegar a um acordo. O nome de Savona na pasta da Economia havia sido vetado pelo presidente Sergio Mattarella.

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O presidente pediu que Carlo Cottarelli, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), tente formar um governo, para evitar novas eleições. Caso não ocorra um acordo, poderia haver eleições antecipadas, talvez já em julho.

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Mattarella decidiu dar aos dois partidos mais tempo para tentar formar governo, sem estabelecer prazos. Caso não se chegue a um acordo, Cottarelli pode comandar uma administração interina até novas eleições parlamentares, dentro de alguns meses.

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Se o governo for fechado, investidores podem ficar aliviados com o fato de que não deve haver uma nova eleição em breve. Ao mesmo tempo, os dois partidos mostram antipatia pelo euro e pela União Europeia, portanto a coalizão poderia deixar os mercados temerosos.

Duas pesquisas de opinião mostraram que grande maioria dos italianos defende que o país siga no bloco europeu, com 72% de apoio à manutenção do país na zona do euro em uma das sondagens. O analista Josh Mahony, da corretora IG, afirma que uma coalizão de governo sem uma nova votação nem um ministro das Finanças contrário à UE, como Savona, seria o “resultado ideal” para os mercados. Fonte: Dow Jones Newswires.