A televisão estatal de Mianmar informou, neste domingo (10), que o número oficial de mortos em decorrência do ciclone Nargis subiu de 5 mil para 28.458. A cifra ainda pode ser bem maior, pois há 33.416 desaparecidos. Segundo grupos internacionais de ajuda, os mortos podem até ultrapassar 100 mil. O país sofre com o desabastecimento, enquanto o governo segue dificultando a chegada do auxílio internacional e de equipes especializadas nesse tipo de socorro.

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A União Européia voltou a pedir neste domingo que o governo de Mianmar (antiga Birmânia) permita que mais funcionários encarregados do socorro às vítimas entrem no país. O comissário para Desenvolvimento do bloco, Louis Michel, qualificou o trabalho realizado por esses funcionários como "independente e imparcial". Portanto, não haveria razão para a junta militar que comanda o país barrar a entrada deles.

Segundo Michel, "o dinheiro não será de muita serventia se não houver a entrega profissional em campo". Michel afirmou que um membro de sua equipe humanitária visitou Laputta e, apenas naquela região, 40 mil pessoas morreram. "Doenças estão entre as principais preocupações, pois muitos rios estão contaminados por corpos humanos e de animais", alertou. O grupo britânico de ajuda humanitária Oxfam alertou que até 1,5 milhão de desabrigados pelo ciclone Nargis correm risco de contrair doenças, se o fornecimento de água potável e o saneamento básico não forem restabelecidos em breve. A chefe regional da Oxfam Sarah Ireland disse que Mianmar reúne todos os fatores para uma catástrofe na saúde pública.

Neste domingo, a Cruz Vermelha informou que uma de suas embarcações afundou. O barco levava mantimentos para as vítimas do Nargis. Segundo a entidade, nenhum dos seus membros ficou ferido no acidente. Está prevista a ocorrência de fortes chuvas durante a semana no país.

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