O dramaturgo checo Vaclav Havel morreu hoje, aos 75 anos. Havel ficou conhecido por aliar o teatro à política com o objetivo de, pacificamente, pôr a termo o comunismo na antiga Checoslováquia. Assim, ele se tornou um dos heróis da luta épica que acabou com a Guerra Fria.

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Havel morreu na manhã deste domingo na sua casa de temporada ao norte da República Checa, informou sua assistente Sabina Dancecova. Um ex-fumante inveterado, ele tinha um histórico de problemas respiratórios crônicos que remontava aos seus anos de prisões comunistas. Ele foi hospitalizado em Praga em 12 de janeiro de 2009, com uma inflamação não especificada na época, e tinha desenvolvido dificuldades respiratórias depois de passar por uma pequena cirurgia na garganta.

Havel foi o primeiro presidente eleito democraticamente do seu país, depois que a pacífica “Revolução de Veludo” que acabou com quatro décadas de repressão pelo regime que ele ridicularizava como “Absurdistão”. Como presidente, ele supervisionou a atribulada transição do seu país para a democracia e para uma economia de livre mercado, como também cuidou da pacífica separação da República Checa e da Eslováquia em 1993.

Havel deixou o cargo em 2003, dez anos depois da separação da antiga Checoslováquia e depois de alguns meses que os dois países aderiram à União Europeia. A ele foi creditado o esforço de construir as bases que trouxeram sua República Checa para dentro do bloco das 27 nações europeias.

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Mesmo depois de deixar o serviço público, o baixinho checo permaneceu uma figura mundial. Ele fazia parte da “nova Europa” – um termo cunhado pelo então secretário de Defesa americano Donald Rumsfeld – dos ex-países comunistas que apoiaram os Estados Unidos quando as democracias da “velha Europa” se opuseram à invasão ao Iraque em 2003. As informações são da Associated Press.