Morreu neste domingo (13) Bronislaw Geremek, um dos principais nomes do sindicato Solidariedade, que ajudou a encerrar o período comunista na Polônia. Geremek, também ex-ministro das Relações Exteriores, morreu em um acidente de carro, aos 76 anos. O político conduzia um carro que bateu de frente com uma van, na tarde deste domingo, perto da vila de Miedzichowo, no oeste do país. A informação foi dada por Hanna Wachowiak, porta-voz da polícia da região de Wielkopolski.
Geremek era membro do Parlamento Europeu desde 2004. Na Polônia, era bastante respeitado como pesquisador, figura pública e importante assessor do Solidariedade. "As ciências e a política polonesas perderam um grande homem", afirmou o primeiro-ministro Donald Tusk, em comunicado. O presidente da Comissão Européia, Jose Manuel Barroso, qualificou Geremek como "um grande europeu, um polonês com fortes convicções".
Especializado em história medieval, Geremek deixou o Partido Comunista em 1968, após 18 anos como membro da entidade. Na década dos anos 1970, tornou-se importante ativista da oposição. Em 1981, quando líderes comunistas decretaram a lei marcial, Geremek e outros líderes do Solidariedade foram presos. Entre os detidos estava o principal nome do sindicato, Lech Walesa, que foi presidente do país entre 1990 e 1995. Geremek também tornou-se deputado polonês, nas primeiras eleições livres no país, após o fim do regime comunista, em 1989. Em 1997 foi apontado como ministro das Relações Exteriores, cargo que ocupou até 2000. Durante sua estada no cargo o país ingressou na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em 1999.