O estudante que baleou nesta sexta-feira (10) três pessoas e depois tentou suicídio morreu no hospital em que estava internado em Atenas. A direção do hospital Nikea – para onde foram transferidos os feridos – informou que o agressor “morreu na sala de operações devido ao grave ferimento no crânio ocasionado por sua tentativa de suicídio”. Acrescentou que o colega de classe do agressor que foi baleado está na sala de cirurgia “em estado de extrema gravidade”, após receber de “4 a 5 tiros, os mais graves no tórax e nas extremidades”. Os outros dois feridos, funcionários de um supermercado ao lado da escola onde se iniciou o tiroteio, “estão estáveis”, mesmo tendo sido baleados nos braços e pernas.
A Polícia encontrou um bilhete no qual o autor do ataque assegurava que “não merecia continuar vivendo, por causa da zombaria e do desprezo” que sofria de parte de seus colegas de escola. “Sou egoísta. Vou fazer com que paguem, os privarei do que mais amam”, dizia o bilhete.
Segundo vários colegas de colégio interrogados pela polícia, o autor dos disparos era um rapaz “retraído e tranquilo”. O agressor, identificado como Dimitris Patmanidis, de 19 anos e original da república ex-soviética da Abkházia, invadiu na manhã de hoje a escola técnica na qual estudava e disparou contra um colega de sua mesma idade. Em seguida, ele foi para a rua e baleou outras duas pessoas, e disparou contra sua própria cabeça.
A escola técnica na qual estudava pertence a um programa que se encarrega de encontrar ocupação aos desempregados e se dirige às camadas mais pobres da população. O psiquiatra Dimitris Suras, encarregado de apoiar as famílias tanto do agressor como dos feridos, declarou que esta é a primeira vez que se registra um incidente deste tipo na Grécia.