O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou que o analfabetismo está erradicado no país, depois de uma campanha de 33 meses no qual foram investidos US$ 100 milhões. Com isso, a Bolívia torna-se o terceiro país latino-americano a erradicar o analfabetismo, depois de Cuba e Venezuela.
Morales informou que o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, estará entre os dignitários internacionais que deverão participar da cerimônia oficial de encerramento da campanha, em 20 de dezembro. Ele disse esperar que “alguns chefes de governo” compareçam, mas não especificou de quais países.
O presidente boliviano anunciou a conclusão da campanha durante um ato público na cidade de Riberalta, no estado de Beni (nordeste do país). Entre os participantes do ato estava o embaixador de Cuba na Bolívia, Rafael Dausá. “Companheiro Evo, missão cumprida”, disse o embaixador.
O programa, que teve apoio financeiro do governo da Venezuela e apoio técnico do governo de Cuba, alfabetizou 820 mil pessoas desde 2006, em sua maioria camponeses e índios. “Este é um momento histórico. Essa tarefa vai ser continuada com um programa de pós-alfabetização. Asseguro que, depois de Cuba e da Venezuela, a Bolívia é o terceiro país que pode se declarar livre do analfabetismo”, disse o ministro boliviano da Educação, Roberto Aguilar.
Morales também afirmou que a Bolívia agora ajudará o governo do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, a erradicar o analfabetismo em seu país. “O melhor que aprendi de Fidel Castro é ser solidário. Obrigado aos irmãos cubanos e venezuelanos. A Bolívia não vai esquecê-los nunca”, disse o presidente.
Além do programa de erradicação do analfabetismo, o governo Morales criou um plano de combate à evasão escolar, que dá um bônus mensal de US$ 28 para cada família de baixa renda; os recursos vêm da receita obtida pelo governo com a exploração de gás natural.
